Coletivo Maria Cobogó * |

 

Quando cinco mulheres se juntam tudo pode acontecer. Até mesmo descobrirem que escrever é vital, necessário e imperioso. Que a vida é uma eterna gestação, de gentes, palavras, livros e ações.

Quando cinco mulheres se juntam elas procuram o caminho. Quase sempre o encontram, mas se não o acham, constroem outros.

Quando cinco mulheres se juntam sonham sonhos de necessidades – utópicas ou não; coletivas ou não. Sonham tramas, bordados, tranças e danças na busca de um mundo melhor.

Sabem que são produtoras de bens mais fortes que fuzis e manejam suas armas com o poder mais eficaz dessa luta: a palavra.

Cinco mulheres juntas não precisam de ficha biográfica. São mulheres que escrevem com um denominador comum: a reflexão do mundo, a documentação da vida, a instrumentalização do amor.

Assim são as cinco mulheres do Coletivo Maria Cobogó. Cada uma são várias. Cada uma carrega dezenas de outras, e outras, e outras, numa ciranda sem fim.

Essas cinco mulheres ousam e se revelam na escrita. Contam histórias inventadas, contam invenções reais, contam contos, lendas vivenciadas, memórias que não existiram e lembranças do futuro.

Quando cinco mulheres se juntam elas lançam livros aos quatro ventos. E é o que vai acontecer no dia 5 de maio, quando o sol começar a se por. Haverá uma grande reunião de amigos, parceiros da jornada literária, personagens reais ou não. Todos celebrando a literatura até acabar o quibe do Beirute da Asa Sul.

Quando cinco mulheres se juntam acontecem esses livros:

 

ATLAS DE MEMÓRIAS E OUTROS EXÍLIOS – de Claudine M.D.Duarte é um livro de minicontos que, no dizer de Tâmara  Habka, ilustradora, “a autora se permite e nos permite entrar em um perigoso caminho de empatia em relação à jornada de suas 12 personagens…”  São mergulhos memoráveis na memória de cada ser que se entrelaça e que tenta se resgatar.

 

A GUERRA INVISÍVELUm Romance Histórico – é a primeira experiência da escritora Ana Maria Lopes no romance. Ela conta a saga de mulheres – históricas e ficcionais – que rompem com tradições e se lançam no mais sangrento episódio da América do Sul – A Guerra do Paraguai. Ignoradas pelo historiografia, a autora pesquisou centenas de mulheres que, anonimamente ou não, impactaram o destino de seus países.

 

HIATOChristiane Nóbrega trata os trancos da vida com uma modernidade cinematográfica e uma leveza ímpar nesse romance de perdas e ganhos. Mais ganhos do que perdas, na verdade. A autora vai traçando o perfil de uma mulher que amadurece na dor e se descobre – ao fim dos embates – inteira e íntegra, tomando as rédeas de sua vida após levar a vida a dois ao limite do suportável.

 

O LUTO DA BALEIASolange Cianni –  “Após 17 dias de luto, a baleia orca separa-se do corpo de seu filhote morto, que empurrou com a cabeça por mais de 1 mil km, numa jornada de luto sem precedentes. …Ela se despediu com um canto grave que ecoou por toda a praia e mais além….”  Essa epígrafe ilustra o rito das baleias ante ao luto e levou a autora a tomar fôlego para escrever sobre seu próprio luto e seu nado desesperado. Esse fôlego fica suspenso desde a primeira linha do romance, durante o nado, quando soam os tambores até a emersão.

 

PORTA-RETRATOTânia Maria – “Escritora desde sempre, autora desde agora” esta é a frase que melhor resume o primeiro livro de poemas de Tânia Maria. São poemas confessionais, de vida, de amor, de fé, de resistência e de memória. Entre a poesia dessa goiana de Ipameri, entre um verso e outro, encontramos receitas que remontam à infância e ao sabor da vida verdadeiramente vivida.

SERVIÇO

Lançamento de 5 livros do Coletivo Editorial Maria Cobogó:

5 de maio no Beirute da 109 Sul, a partir das 17h55 – Brasília-DF.

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*O Coletivo Maria Cobogó foi criado em 2018, fruto do I Encontro do Mulherio das Letras realizado em João Pessoa, Paraíba. Nasceu para dar visibilidade à escrita de mulheres do Distrito Federal e do Centro-Oeste. De lá para cá promoveu eventos, lançou livros, fomentou a leitura, contou histórias e espalhou a ideia de que mãos foram feitas para se entrelaçarem.