Marcia Zarur
A matéria-prima do meu ofício, a expressão dos meus sentimentos! A palavra é o principal instrumento do jornalismo, profissão que eu escolhi para dar voz a quem não consegue ser ouvido e para contar tantas histórias…
Especialmente histórias da minha Brasília amada. Pra quem duvida da minha alma candanga, respondo com siglas: nasci na L2 Sul e me formei na UnB.
Sou fruto do sonho de JK, e aprendi a voar nas asas de Lucio Costa, admirando os monumentos de Neimeyer e a geometria divertida de Athos Bulcão.
Para traduzir todo esse afeto, uso a palavra. Foi assim com o livro Amor Concreto e com a coleção Mestres Cobogós, publicados pelo selo Maria Cobogó. Foi assim também no início da carreira na TV Globo, mostrando as belezas e mazelas da minha terra.
Das necessidades da população mais pobre aos salões acarpetados da capital, cruzei todos os cantos do quadradinho. E de tanto andar, acabei em outras paragens, como âncora dos telejornais da Globonews no Rio de Janeiro.
Foram dois anos de saudades intensas e arrebatadoras que me trouxeram novamente às minhas raízes. De volta a Brasília assumi a bancada do DFTV.
Dez anos direto na telinha, lidando com a palavra. Depois nas ondas do Rádio, como colunista do Mais Brasília na CBN, por mais quatro anos.
E agora a palavra continua em cena. Ela da sentido aos meus dois projetos do momento: o site Olhar Brasília, com a defesa constante da cidade, e o Distrito Cultural, na Globo, que deixa a palavra ser dita por quem produz o melhor da nossa cultura candanga.
Tenho reverência, admiração e posso dizer que até uma certa intimidade com a palavra. Afinal, é ela que me permite fazer tudo isso e me mostrar como sou – agora, com muita honra, também uma Maria Cobogó!
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