por Maria Cobogó * |
não éramos vestais
éramos a vida o verbo e a vastidão
o verbo a voz e a vastidão
Cida Pedrosa, em Solo para Vialejo
A expressão máxima de nós mesmas é a opção pela literatura.
Não há abismos.
Não há desesperos na nossa jornada.
Ela é feita de gestos, de mãos dadas com o verbo. Orientamo-nos pelas estrelas e pelas palavras e o prazer de arquitetar um livro nos traz o vislumbre do sublime: a leitura e o leitor.
Nessa caminhada de sonho angariamos parceiros e muitas outras mãos se entrelaçaram às nossas. Fomos, com dezenas de escritoras, buscar os destinatários de nosso fazer.
A variedade de matizes de nosso Coletivo não provoca caos. Ao contrário, converge para a colheita daquilo que nos move e comove: o amor.
Aos três anos de vida uma criança demonstra energia e começa a se tornar independente. É o início da autonomia humana. Assim estamos nós, Maria Cobogós. Sem versão definitiva – talvez nunca tenhamos – como uma criança que procura respostas, renova conceitos e recria o ethos de sua existência.
Daqui em diante teremos várias nuances, algumas certezas e muitas incertezas. Mas nosso testemunho feminino nos afirma que não abriremos mão – nunca – dos princípios que vigoram entre nós desde a gênese do Coletivo Maria Cobogó: respeito ao próximo, justiça social para todos, luta pela democracia, paixão pelo livro e o amor à língua portuguesa.
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Coletivo Editorial Maria Cobogó – criado por escritoras que querem dar visibilidade à literatura de qualidade feita no Distrito Federal. Nasceu no dia 8 do mês oito do ano de 2018. Três anos de vida, quatorze livros editados, duas vezes finalista do Prêmio Jabuti de Literatura e muita garra para cumprir essa jornada por todo o tempo que virá. #Sigamos
As Marias: Ana Maria Lopes, Christiane Nóbrega, Claudine M.D. Duarte, Marcia Zarur e Solange Cianni.
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