Pensamentos claudicantes e (im) perfeitos
por Claudine M. D. Duarte* | “Agora corre”, falou apontando a arma para mim. Eu, paralisada, queria abrir a boca, falar eu não corro, eu não pulo, eu manco... mas não saiu nada até ele apertar o gatilho e
por Claudine M. D. Duarte* | “Agora corre”, falou apontando a arma para mim. Eu, paralisada, queria abrir a boca, falar eu não corro, eu não pulo, eu manco... mas não saiu nada até ele apertar o gatilho e
por Sandra Daher * | Na meia penumbra, no conjunto de teclas negras da máquina de escrever, eu via jabuticabas. Elas apareciam de novo, quando fazia nova foto da máquina, noutra tentativa de melhorar o ângulo para os
por Maria Amélia Elói* | “Boa noite. Diga ao menos boa noite. Abra ao menos a janela. A serenata é pra vocêêêêê, ôôôôôô...” Assim começavam as serenatas do meu grupo de jovens, lá pelos mil novecentos e muitos, quase
por Ana Maria Lopes * | Era 1890. Jovens escritores de Fortaleza, que se reuniam no Café Java, resolveram criar uma engenhosa e bem humorada sociedade literária. Criaram estatutos e leis “onde a boa gargalhada substitui o tonitroar da rethorica
por Claudine M. D. Duarte * | “Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera...” João Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas) Por aqui, os endereços misturam consoantes e números. Códigos de guerra carentes de poesia. Nenhuma homenagem. Uma
por Lilian Neves* | Hoje é o 72º ou o 73º dia de isolamento social? Neste momento não tenho certeza e sigo na minha rotina recém-criada para as tardes passadas dentro de casa, de mexer nos livros, nas apostilas, nos